O texto não condiz com a minha fase atual, tampouco é verídico, mas posso dizer que tem muito de mim nele.
Sábado, duas da tarde, o sol forte e o canto isolado, sem vento, que eu escolhi pra ficar quieto no meu canto só aumentam o meu mal-estar.
A balada de ontem foi forte, muita bebida num local abafado, com pessoas fumando detonam qualquer um. Somando tudo isso tem a noite mal dormida, em local desconhecido, com idas ao banheiro, sonhos estranhos e aquela sensação de vazio.
Com as mãos tremendo e suando álcool me “vejo” pensando nela, não a da noite anterior, guria até que simpática, um pouco sem recursos (pra não dizer burrinha, sem sal, ou algo parecido), mas que satisfez as minhas necessidades fisiológicas de momento. Aproveito pra abrir um parêntese:
-“Sexo, mesmo ruim, mal feito e sem nada de sentimento, é sempre necessário, e quem falar ao contrario é um baita hipócrita!”.
A dita cuja mencionada acima, que me atormenta nesse momento, é Ela, aquela que te fez “entrar nos eixos”, isto é, beber menos, trabalhar mais, se importar e ser mais carinhoso com alguém mais do que consigo mesmo. Em compensação Ela também foi capaz de transformar a tua vida num verdadeiro inferno, com cobranças infundadas, manias e cacoetes insuportáveis, e principalmente com o teu afastamento daqueles amigos, irmãos na verdade, que são um bando de “podres”.
Clac!!! Como num estalo me dou conta de onde estou, campo de futebol na minha frente, amigos lá no fundo me chamando porque a carne, suculenta, ta saindo. Bebo um gole da minha cerveja e com um sorriso na cara vou de encontro a eles.
No que eu estava pensando mesmo?
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